CINEMA E HISTÓRIA

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sexta-feira, 29 de abril de 2011

Amistad


Amistad
Amistad. EUA, 1997, 154 minutos. Direção: Steven Spielberg. Elenco: Morgan Freeman, Anthony Hopkins, Djimon Hounson, Matthew McConaughey. Contexto histórico: a disputa ideológica entre o norte capitalista e o sul agrário escravista em meados do século XIX, alguns anos antes da Guerra Civil (1861-1865). Os estados do norte defendiam o final da escravidão por questões econômicas e não humanitárias. O norte era capitalista, industrializado e voltado para o mercado interno, necessitava de consumidores. Os escravos, por não receberem salários, não consumiam “nem uma agulha” durante toda a sua vida. A escravidão era um entrave para a implantação do capitalismo no país, sistema baseado na produção e na venda de mercadorias. Sinopse: o enredo acontece a partir de um episódico específico, um navio negreiro espanhol, onde havia ocorrido uma rebelião de escravos, é capturado na costa americana com 53 negros ainda vivos. A questão central do filme é qual deveria ser o destino desses escravos? A história, que se passa duas décadas antes da Guerra de Secessão, retrata o longo processo entre o norte abolicionista e o sul escravista para resolver o destino desses negros. A questão gira em torno do julgamento: os negros lutaram pela sua liberdade ou agiram como assassinos. Segue uma longa batalha judicial, enquanto os negros buscam apenas voltar para a África. Ponto Forte: o filme aborda duas questões: liberdade e justiça (no sentido de sistema judicial), entrelaçadas. Baseado em fatos verídicos. É interessante salientar que as imagens de Amistad evocam o poema Navio Negreiro, de Castro Alves.

“Dentre as muitas cenas do filme Amistad, destaca-se a que recria o processo de sociabilidade entre os integrantes das diferentes tribos africanas. Cada um possui um dialeto específico da cultura tribal, fator que impossibilita a comunicação. Na cena em que mostra esta realidade não existe tradução, transmitindo ao espectador a sensação vivida pelos personagens. Uma grande sacada do diretor.” Historiadora Clarisse Ismério.




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