CINEMA E HISTÓRIA

CINEMA E HISTÓRIA

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Bonequinha de luxo


Bonequinha de luxo
Breakfast at Tiffany’s. EUA, 1961, 114 minutos. Direção: Blake Edwards. Elenco: Audrey Hepburn, George Peppard e Mickey Rooney. Contexto histórico: Estados Unidos, década de 1950, período de vigência do código de censura de Hollywood. Sinopse: o filme conta a história de um gigolô, sustentado por uma mulher mais velha e casada, que vive uma relação de amizade e paixão com uma prostituta de luxo, ambiciosa e ao mesmo tempo ingênua, que mora no apartamento abaixo do seu. A prostituta é fascinada pela loja Tiffan’s (por isso o título original do filme, portanto um merchandising). Ponto forte: o filme pode ser visto como um manual dos recursos utilizados pelos roteiristas e diretores americanos para driblar os rígidos padrões morais estabelecidos pelo código de censura de Hollywood, o chamado código Hays. Na verdade, um código de autocensura imposto pelos produtores cinematográficos, que vigorou entre 1924 e 1966, sendo substituído pela classificação por faixa etária. A falsidade dos princípios morais da sociedade americana da década de 50, mesmo que de forma velada, aparecem na tela: a protagonista recebe cinqüenta dólares para “ir ao toillet”. O excelente enredo é de Truman Capote, que não gostou do produto final do filme. Curiosidade: há um personagem brasileiro, vivido por um ator espanhol. O brasileiro surge estereotipado, pois mora em uma fazenda no Rio de Janeiro, para onde a protagonista pretende viajar com o objetivo de conhecer o “pampa”. O português falado é o de Portugal e como referenciais do Brasil aparecem um pôster da Bahia e uma cabeça de boi (?) pendurada na parede.

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