CINEMA E HISTÓRIA

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quinta-feira, 28 de abril de 2011

Che e Che – A Guerrilha





Che e Che – A Guerrilha
Che: Part One e Che: Part Two. Primeira parte: FRA/ESP/EUA, 2008, 128 minutos. Segunda parte: FRA/ESP/EUA, 2008, 135 minutos. Direção: Steven Soderbergh. Elenco: Benicio Del Toro, Demián Bichir, Rodrigo Santoro. Contexto histórico: a Revolução Cubana e a guerrilha na Bolívia, retratos dos 50 e 60, quando que se acreditava que as guerrilhas armadas eram uma forma eficiente de se chegar ao poder. O herói mítico contemporâneo Ernesto “Che” Guevara, médico e guerrilheiro argentino que participou de guerrilhas revolucionárias em Cuba, Bolívia, Venezuela e Congo, é o símbolo desse período. A primeira parte se dedica a sua participação na Revolução Cubana e a segunda parte a frustrada tentativa de guerrilha na Bolívia, onde Che acabou assassinado. Sinopse da primeira parte: o filme narra a entrada de Guevara na guerrilha cubana, juntando-se a Fidel e Raul Castro no México; as dificuldades passadas pelos guerrilheiros; a atuação de Che como médico atendendo os camponeses (“Nada dói, doutor. Vim vê-lo porque nunca vi um médico”). Reproduz também o Guevara já ministro da economia cubano visitando os Estados Unidos, conversando com o senador republicano anti-comunista McCarthy e discursando na ONU. Porém, o filme se detêm na reprodução da tomada da cidade de Santa Clara pelos rebeldes. A cidade era passagem de acesso para Havana. O exército revolucionário foi comandado por Guevara nessa vitória decisiva para a Revolução Cubana. Sinopse da segunda parte: o filme narra a trágica guerrilha na Bolívia, uma tentativa de repetir a Revolução Cubana que, além de ter sido um grande fracasso, acabou com Che assassinado. A narrativa evidencia as dificuldades crescentes dos guerrilheiros cada vez mais isolados no interior da Bolívia. Ponto forte: a reconstituição estética impecável da guerrilhas. Baseado nas memórias escritas pelo próprio de Ernesto Guevara. O filme apresenta um Che idealizado e pouquíssimas críticas aparecem à Revolução Cubana (“A tragédia da Revolução Cubana consiste em não saber institucionalizar esse grande momento como um regime de direitos legais” diz um diplomata). O discurso político de Che é reproduzido em vários momentos:

- “Duzentos milhões de latino-americanos morrem de fome. Todas essa pessoas contribuem para a Grandeza econômica dos Estados Unidos. Não se exporta Revolução. As revoluções são criadas pelas condições de opressão que os governos da América Latina exercem contra seus povos”.
- “O verdadeiro revolucionário é guiado por sentimentos de amor. Amor pela humanidade, justiça e verdade”
- “Não há coisa melhor para fazer um povo se solidarizar com a sua revolução do que uma invasão apoiada pelos Estados Unidos”
- “Os Estados Unidos intervêm na América alegando a defesa das instituições livres, mas não garante direitos iguais aos negros e latinos que vivem no país”
- “Se aprendemos algo em Cuba... é que um levante popular sem apoio da luta armada não tem possibilidade de tomar o poder”





















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