CINEMA E HISTÓRIA

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quarta-feira, 27 de abril de 2011

Guerra de Canudos




Guerra de Canudos
BRA, 1997, 70 minutos. Direção: Sérgio Rezende. Elenco: José Wilker, Cláudia Abreu, Paulo Betti, Marieta Severo. Contexto histórico: os movimentos messiânicos da República Velha, gerados pela miséria do nordeste. O arraial de Canudos, com seus 25 mil habitantes, prejudicava os latifundiarios do interior baiano: quanto mais moradores no povoado, menos trabalhadores nas terras. A igreja local também era prejudicada: quanto mais seguidores do Profeta, menos fiéis. A elite local, então, pede a intervenção do governo federal no arraial. Após resistir a três investidas, o povoado foi destruído pelo exército brasileiro e Conselheiro foi assassinado. Sinopse: o filme acompanha uma família nordestina de retirantes que se estabelece junto com o profeta Antonio Conselheiro em Canudos. A obra reproduz desde a fundação do arraial até a sua destruição pelo exército brasileiro , enviado ao interior da Bahia para acabar com o povoado. Porém, o diretor mostra toda a longa resistencia dos fiéis as investidas policiais e militares contra Canudos. Ponto forte: retoma a questão dos movimentos messiânicos no Brasil, vinculando-os a miséria. Recupera a figura de Antônio Conselheiro, referência histórica na abordagem desse fenômeno social no Brasil. Reproduz literalmente muitas frases retiradas da obra de Euclides da Cunha, Os Sertões. E ainda resalta a posição desfavorável de Conselheiro em relação à República (“Quem inventou os impostos? Quem tirou D. Pedro? Quem terminou com o casamento religioso?”). O filme deu origem a uma série homônima da Rede Globo.

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