CINEMA E HISTÓRIA

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segunda-feira, 18 de abril de 2011

O Planeta dos Macacos




O Planeta dos Macacos
The Planet of the Apes. EUA, 1968, 111 minutos, 12 anos. Direção: Franklin Schaffner. Elenco: Charlton Heston, Roddy McDowall, Kim Hunter. Sinopse: a narrativa se passa no ano de 3978, quatro astronautas estão fora do planeta terra há mais de dois mil anos. Ao tentarem regressar posam em um planeta dominado pelos macacos. Os humanos são tratados como bichos e perdem a habilidade da fala. Contexto histórico: apesar do gênero ficção científica retrata o contexto da Guerra Fria e as suas possíveis conseqüências trágicas. Ponto forte: um filme panfletário contra a Guerra em forma de ficção científica. O astronauta afirma: “Eu deixei o século XX sem pesar...Será que o homem, essa maravilha do universo, esse glorioso paradoxo que me mandou às estrelas, ainda faz guerra com os irmãos e deixa as crianças do vizinho na miséria?”. Em outra cena, enquanto um astronauta coloca a bandeira americana no planeta recém descoberto, Taylor ri descontrolada e debochadamente do gesto patriótico do companheiro. Várias alusões ao confronto religião e ciência. Um símio cientista afirma que o macaco descende do homem, o que é ridicularizado pela academia científica dos macacos.

O filme teve quatro continuações: De Volta ao Planeta dos Macacos (1970), Fuga do Planeta dos Macacos (1971), A Conquista do Planeta dos Macacos (1972) e A Batalha do Planeta dos Macacos (1973). Há também uma péssima versão de 2001.

A Batalha do Planeta dos Macacos. Battle for the Planet of the Apes. EUA, 1973, 86 minutos. Direção: J. Lee Thompson. Elenco: Roddy McDowall, Claude Akins, John Huston). O último episódio da série, mantêm a ênfase na mensagem pacifista (“todo conhecimento é para o bem, apenas o seu uso é que pode ser para o bem ou para o mau”) e nas referencias à Guerra Fria (“Em algum lugar da história essa destruição em cadeia precisa parar. Não sobrará ninguém”). O planeta terra voltou a ser comandado pelos macacos, mas uma nova geração que busca a paz (“Agora que os símios estão no leme a terra navega tranqüila”), comandada pelo profeta César (“Eu sou a lei”). Porém, o General Aldo, um gorila golpista, busca derrubar o governo pacifista pois não aceita a convivência harmônica entre macacos e homens. “Nós queremos armas, armas são poder”, grita Aldo. Após a tentativa de golpe e as mortes que se sucedem, a triste constatação: após um símio matar outro símio ele se “juntou a raça humana”. A novidade é a história ser contata em tom de narrativa bíblica:
“No princípio, Deus criou o animal e o homem para que ambos pudessem viver amigavelmente, compartilhando um mundo de paz, mas na plenitude dos tempos, homens maus traíram a confiança de Deus e, desobedecendo sua palavra sagrada, travaram guerras sangrentas, não apenas contra os de sua própria espécie, mas contra os macacos que reduziram a escravidão [...] Então, em sua ira, Deus mandou a terra um salvador milagrosamente, nascido de dois macacos [...] Então, o homem sentiu medo pois os macacos possuíam o poder das palavras.
A superfície do mundo foi devastada pela guerra [...] as grandes cidades despedaçadas [...] nosso salvador guiou os poucos sobreviventes em busca de pastagens mais verdes, onde macacos e humanos pudessem viver amistosamente para sempre [...] seu nome era Cesar”.

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