



O Show de Thuman
Thuman Show. EUA, 1988, 103 minutos. Direção: Peter Weir. Elenco: Jim Carrey, Laura Linney, Noan Emmerich. Contexto histórico: fábula contemporânea sobre a liberdade individual, sobre a questão das escolhas, da privacidade e sobre a ética nos meios de comunicação. Sinopse: Thuman vive desde que nasceu dentro de um gigantesco estúdio de televisão, pois ele é, sem saber, o astro principal de reality show. Todas as pessoas com as quais convive são atores interpretando papéis: seus pais, sua esposa, seu melhor amigo. Seus passos são vigiados 24 horas por dia por milhões de telespectadores. A sua cidade é idílica, tudo funciona de maneira exata. Ele só começa a desconfiar que algo está errado quando uma atriz figurante tenta contar para ele a verdade e é retirada do programa. É o primeiro contato de Truman com o mundo real. O segundo é quando um refletor do estúdio cai na sua frente, depois ele vê na rua seu pai que estava “morto”. Assim começa a perceber que algo está errado no seu “mundo perfeito”. A descoberta de que tudo a sua volta é falso, é uma descoberta pessoal diferente, não se trata de uma conscientização política, mas da sua condição humana. Ponto forte: O fato de não saber que sua vida é uma farsa, que sua cidade é um cenário e que suas relações são fictícias é o que incomoda e inquieta a quem assiste ao filme. É como se pensássemos, será que minha vida também não é falsa? Será que não vivemos em uma sociedade onde todos representam e nós preferimos chamar de convenção social? Até que ponto as nossas escolhas são realmente feitas por nós ou influenciadas decisivamente pelo meio social? O diretor do programa é como se fosse um deus, decide quando chove, qual a temperatura e o destino de Truman. No fim, quase acaba matando a sua criação. O filme foi feito antes da praga dos reality show se espalhar na televisão mundial. Imperdível.
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