CINEMA E HISTÓRIA

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segunda-feira, 18 de abril de 2011

Spartacus


Spartacus



Spartacus. EUA/ING, 1960, 197 minutos. Direção: Stanley Kubrick, 1960. Contexto histórico: o período da República em Roma e a mão-de-obra escrava. Sinopse: o filme descreve duas rebeliões comandadas por um escravo originário da Trácia, chamado Spartacus: a fuga de gladiadores ocorrida em 73 a.C., quando cerca de cem homens fogem da Escola de Gladiadores de Cápua e a grande rebelião de escravos que chegou a vencer o exército romano em 72 a.C. Spartacus chegou a comandar um exército com cem mil escravos. Apenas duas décadas depois, o Império Romano conseguiu derrotar os escravos rebelados. Sessenta mil foram mortos e seis mil crucificados ao longo da estrada que ligava a colônia de Cápua à Roma. Ponto forte: mostra a diversidade étnica dos escravos romanos e, mais especificamente, o drama dos escravos que eram obrigados a lutar entre si para saírem vivos da arena, tendo que matar os companheiros. O filme é cheio de anacronismos: frases como “que deus esteja contigo”, a presença de comportamentos contemporâneos, como a defesa do ateísmo e os vestidos femininos com decotes e botões. Surprendentemente, possui uma cena de homossexualismo, um escravo dando banho em seu senhor Crassus, que fala “meu gosto inclui ostras [mulheres] e caracóis [homens]”. A cena foi cortada do filme na década de 60 e só foi recolocada na década de 80. O filme descreve a corrupção no senado romano e a disputa pelo poder em Roma, entre os chefes militares e os senadores, ambos retratados como líderes egoístas. Baseando-se no romance homônimo de Howard Fast, de 1954 Curiosidade: Spartacus contêm analogias e referências claras a Guerra Fria, como a frase “Talvez não haja mais paz nesse mundo, nem para nós, nem para ninguém”. O roteirista Dalton Trumbo, perseguido pelo Macarthismo, tinha seu nome na lista negra e criou um senador romano (Crasso) que lembrava o senador Joseph McCarthy, principalmente quando afirma que as “listas dos desleais foram copiladas”.


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