CINEMA E HISTÓRIA

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sexta-feira, 15 de abril de 2011

Super Size Me – A Dieta do Palhaço




Super Size Me – A Dieta do Palhaço



Super Size Me. EUA, 2003, 100 minutos. Diretor: Moegan Spurlock. Sinopse: Spurlock vira cobaia em uma investigação sobre os males da alimentação dos fast foods. O filme parte do processo movido por duas adolescentes contra a rede McDonald’s, que elas responsabilizam pela obesidade, semelhante aos processos movidos contra as industrias de cigarro. Spurlock, para testar os males da alimentação ligeira, só pode ingerir durante um mês produtos do McDonald’s. No princípio, o alimento parecia agradável, mas depois foi se transformando em uma comida prejudicial. Ele engordou, passou a ter colesterol alto e problemas de fígado. Ponto forte: A problemática: até que ponto a alimentação é uma questão de responsabilidade pessoal ou empresarial? Até que ponto é desinformação ou desleixo? O mais interessante é a desconstrução do conceito “macdonalds”. O filme inicia cultuando os seus lanches como um alimento saboroso e sagrado, mas aos poucos, parte para um processo de descoberta dos seus efeitos prejudiciais e do seu gosto duvidoso. Acusado de exagerado, o filme conseguiu provocar mudanças no cardápio do McDonald´s e alertou para os perigos desse tipo de alimentação (alimentos processados e não orgânicos). Revoluções ainda existem? Após o filme a opção super size (Gigante) deixou de existir no cardápio, a Rede colocou salada entre suas opções e passou a investir em esportes. O filme apresenta dados impressionantes (sessenta por cento da população americana está obesa, o McDonald’s tem mais de trinta mil lanchonetes no mundo, quase toda sua linha de alimentos contém açúcar...) e é enriquecido com diversas entrevistas de médicos, nutricionistas, sociólogos e advogados. Imperdível.

Spurlock fala sobre a sua experiência: “Escolhi o McDonald’s porque é a maior cadeia de fast food. Ele representa todas as cadeias de fast food. Todas elas imitam as suas práticas comerciais”.
“Quando deixei de comer aquela comida, passei por uma síndrome de abstinência”
“Nas lanchonetes das escolas é como se estivesse em uma loja de conveniências”.
“Essa comida é conveniente porque é rápida e barata. Nossa saúde não é prioridade. O McDonald’s alimenta 46 milhões de pessoas por dia”.
“Meu colesterol subiu muito, minha pressão ficou extremamente alta e meu fígado estava tão cheio de gordura, que os médicos compararam a um patê, perdi completamente minha libido e engordei 11 quilos. Eu devia ter feito um teste cognitivo no começo do filme. No final sentia que estava ficando burro”.

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